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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Sancionada lei que declara Chico Mendes patrono do meio ambiente no Brasil

Brasília – A lei que torna Chico Mendes patrono do meio ambiente brasileiro foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff e publicada (16) no Diário Oficial da União. O líder seringueiro, morto há 25 anos, ficou conhecido internacionalmente por sua luta em favor da categoria e da proteção da Floresta Amazônica.

Chico Mendes foi assassinado a tiros, no quintal de sua casa, em Xapuri, no Acre, no dia 22 de dezembro de 1988, uma semana depois de completar 44 anos.
Nesta segunda-feira, haverá sessão solene no Congresso Nacional em memória dos 25 anos da morte do líder seringueiro.  O evento ocorrerá às 11h, no plenário do Senado.


(Agência Brasil)
Edição: Graça Adjuto
Fonte:http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-16/sancionada-lei-que-declara-chico-mendes-patrono-do-meio-ambiente-no-brasil

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

China: Pequim reduz em quase 40% cota para venda de carros novos

A cidade de Pequim vai reduzir em quase 40% o limite para as vendas de carros novos no próximo ano, numa tentativa de diminuir emissões de gases veiculares e perigosos níveis de poluição, segundo nota publicada pelo governo.
 A mudança na regra pode fortalecer a determinação de montadoras de veículos estrangeiras de acelerar o crescimento em cidades menos populosas da China.
Apenas no mês passado, altos níveis de poluição forçaram a China a praticamente paralisar a cidade de Harbin, no nordeste do país. A cidade é um importante centro urbano com uma população de 11 milhões de habitantes.
Nos próximos quatro anos, Pequim emitirá por ano 150 mil novas placas, queda ante as 240 mil anuais em vigor atualmente, segundo a nota do governo. Os compradores de carros precisam obter as placas antes de poderem dirigir os veículos pelas estradas do país.
Isso significa que as vendas de novos carros em Pequim entre 2014 e 2017 estarão limitadas a 600 mil unidades, menos do que o total vendido na cidade apenas em 2010. Além disso, o governo emitirá uma proporção maior de placas a compradores de veículos com novas motorizações, que precisam de menores quantidades de gasolina ou utilizem energias alternativas. Isso pode beneficiar montadoras de carros elétricos como a BYD.
O número de placas emitidas para tais veículos vai triplicar de 20 mil em 2014 para 60 mil em 2017, representando 40% do total que poderá ser emitido para esse ano.
As vendas de carros novos na China atualmente está restrita em quatro cidades chinesas: Pequim, Xangai, Guangzhou e Guiyang, onde os compradores têm que participar de leilões de placas ou de sorteios. A China planeja limitar as vendas de veículos em mais oito cidades, afirmou a associação chinesa de montadoras em julho.
Fonte: Terra
Até amanhã, 
amig@s!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Suécia com falta de… lixo


A Suécia está vivendo um “sonho ambiental”. De todo o lixo doméstico produzido no país, apenas 4% vai parar em aterros sanitários.

Através de várias iniciativas e até mesmo leis que estipulam a separação de lixo reciclável, os índices de reaproveitamento do lixo sueco se encontram bem altos. Há uma política chamada de Responsabilidade Estendida do Produtor que obriga as empresas a alcançarem níveis de reciclagem específicos. Para isso, o que se adotou foi um sistema de coleta chamado de “bring” (em inglês, “traga”), onde as pessoas separam o lixo de casa em várias categorias e depois o levam a parques com contêineres para cada tipo de resíduo. A responsabilidade das pessoas na separação do lixo foi reforçada pelas taxas de aterro que foram implementadas pelo governo, através da qual um imposto é cobrado proporcional à quantidade de lixo nesses locais.
Apesar da alta eficiência, o sistema é complexo. As pessoas precisam dividir o lixo em diversas categorias. Além do resíduo orgânico, os materiais recicláveis são separados em metais, plásticos duro e mole, três tipos diferentes de papéis e vidro, além de garrafas PET e resíduos que podem ser tóxicos. Por exigir um processo bastante trabalhoso, essa estrutura de seleção de resíduos não é considerada muito prática para a população.
O lixo na Suécia também é utilizado para a fabricação de energia e calefação para uma parte considerável da população. Através da incineração de resíduos e dos “district heatings”, centros para distribuição de calefação, cerca de 810 mil lares são abastecidos com calor e quase 250 mil com eletricidade.
Atualmente, o país escandinavo importa 800 mil toneladas de lixo de outros países da Europa todo ano, como aponta o Huffington Post. Isso para incrementar a quantidade de material para ser incinerado em seu programa energético. Todo esse cenário é um exemplo perfeito de que, através de leis e medidas eficientes estabelecidas pelo governo, é possível alcançar níveis de sustentabilidade e preservação ambiental bem interessantes.
 Fonte:* Com informações do Green Alliance UK
(Consumidor Moderno Consciente)

domingo, 27 de outubro de 2013

Índios querem receber novas moradias em forma de oca em MG

Temporal que atingiu a tribo em setembro danificou aldeia em Caldas.
Projeto deverá ter aprovação nos próximos dias pelo governo federal.
Índios da aldeia Xucuru Cariri, de Caldas(MG), que tiveram as casas danificadas por um temporal, vão ser beneficiados por um programa do governo federal que vai garantir a construção de novas moradias. No entanto, na entrega do projeto, os índios surpreenderam e pediram que as novas casas sejam construídas no formato de oca. A solicitação ainda está em estudo.
"A casa que a gente queria morar é acompanhando os nossos costumes, uma casa arredondada, mesmo que seja feita de tijolos, que não descaracterize uma oca. Está em em estudo, mas mesmo que eles não aprovem a gente vai aceitar, porque é uma necessidade", diz o cacique da tribo, Jânio Ferreira do Nascimento.
Índios pedem que novas moradias sejam construídas em formato de oca em Caldas (Foto: Reprodução EPTV)
Índios pedem que novas moradias sejam

construídas em formato de oca em Caldas

(Foto: Reprodução EPTV)
O temporal que atingiu a tribo, no final de setembro, provocou estragos na aldeia. O vento forte levou telhas e assustou os 130 moradores. A aldeia foi cadastrada no Programa Nacional de Habitação Rural. O PNHR faz parte do programa "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal e concede subsídios para trabalhadores rurais que desejam comprar materiais, reformar ou até mesmo construir novas moradias.
O projeto prevê a construção de 37 novas moradias na aldeia, todas de alvenaria e com formas arredondadas, preservando o estilo das moradias indígenas. O único problema é que para executar o projeto em formato de oca, as casas teriam o tamanho reduzido dos atuais 58 metros quadrados para menos de 50 metros quadrados.
Segundo Reginaldo Roberto da Silva, responsável pela entidade que organiza o Plano Nacional de Habitação Rural, a expectativa é que a aprovação do projeto saia nos próximos dias.
Aldeia foi danificada após temporal que caiu em setembro (Foto: Reprodução EPTV)
Até amanhã, amig@s!

Fonte: Do G1 Sul de Minas

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Governo de Minas promulga Lei Florestal Mineira

Nova lei representa avanço na gestão ambiental, na recuperação de áreas de proteção permanentes e formação de corredores ecológicos.
A formação de corredores ecológicos será potencializada com a promulgação da leiFoto: Arquivo IEF

Foi publicada nesta quinta-feira (17/10), no diário oficial, a Lei 20.922, que dispõe sobre as Políticas Florestal e de Proteção à Biodiversidade no Estado de Minas Gerais. Com 123 artigos, a norma define as regras de proteção ao meio ambiente no Estado compreendendo as ações empreendidas pelo poder público e pela coletividade para o uso sustentável dos recursos naturais. A Lei estabelece que a conservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado é essencial à sadia qualidade de vida da população.

A lei também define as Áreas de Preservação Permanente (APPs) no Estado, bem como o seu tamanho e regras para intervenção e proteção. Estabelece, ainda, as regras para a Reserva Legal em imóveis rurais, para exploração de produtos florestais, uso do solo e para aplicação de penalidades decorrentes de infrações às regras previstas na norma, além de classificar as Unidades de Conservação (UCs) do Estado.

De acordo com o Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães Chaves a definição das APPs e Reserva Legal representa segurança jurídica para a sociedade, em especial para os produtores rurais. “A regra clara permite que tanto o estado como os particulares se planejem para suas atividades”, disse. “É um avanço que vai melhorar a gestão ambiental, permitir a recuperação de APPs, a regularização da Reserva Legal e a formação de corredores ecológicos”, completou.
“Outro ponto importante é a previsão de incentivos fiscais e especiais para pessoa física ou jurídica que preservar e conservar a vegetação nativa e cursos d’água, recuperar áreas degradadas, praticar técnicas de agricultura de baixa emissão de carbono e contribuir para a implantação e manutenção de UCs estaduais”, acrescentou o secretário.

A nova lei Florestal e de Proteção a Biodiversidade Mineira foi reestruturada em decorrência da publicação, no nível federal, em maio de 2012, do novo Código Florestal Brasileiro, que por sua vez alterou a Lei 4771 de 1945, vigente até então.

Vetos

Após análise do Governo de Minas, três artigos receberam veto parcial por serem considerados inconstitucionais e contrários ao interesse público. As análises foram feitas pelas secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Fazenda.

O primeiro ponto vetado foi o parágrafo terceiro do artigo 12, que define regras para intervenção e supressão em áreas de veredas, tipo de formação vegetal do Cerrado que mantem parte da umidade no solo, garantindo água mesmo em períodos de seca, tornando-se um refúgio da fauna e flora, assim como local de abastecimento hídrico para os animais. As veredas ocorrem principalmente na porção norte e oeste do Estado.

O veto foi fundamentado após análise de que a redação proposta pelo legislativo permite que áreas de veredas fossem submetidas a formas de intervenção e supressão de vegetação que tornam vulnerável a proteção daquele ambiente, constitucionalmente assegurada pelo parágrafo 7° do artigo 214 da Constituição do Estado.

“Não há ainda estudos científicos suficientes que deem segurança técnica ao estado para autorizar intervenções em veredas. Por se tratarem de ambientes frágeis e de extrema importância histórica, cultural e ambiental para Minas, o veto assegura a proteção dessas áreas” explicou Magalhães.

O segundo veto é relativo aos parágrafos 1° e 2° do artigo 123, que trata da autorização para supressão de vegetação nativa nas áreas de importância biológica especial e extrema em Minas Gerais.  Os parágrafos foram vetados por que a norma retirava restrições ambientais acarretando possibilidades de supressão sem o devido fundamento técnico nessas áreas.

“A lei prevê que o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) irá revisar a definição das áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade e para a criação de UCs prevista no documento “Biodiversidade em Minas Gerais: um atlas para sua Conservação” em dois anos após sua publicação. Para cobrir intervalo de tempo, publicamos hoje, junto com a Lei, o Decreto 46.336, que normatiza as autorizações para corte ou supressão de vegetação primária ou secundária nos estágios médio ou avançado de regeneração”, esclareceu o secretário.

O terceiro veto refere-se ao artigo 125, referente às parcelas de repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no critério ambiental. A Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) ressaltou que a alteração representaria impacto no orçamento dos municípios que teriam seus índices de repasse reduzidos. Ainda de acordo com a SEF tais recursos já constam de seus orçamentos e alterá-los, neste momento, acarretaria distorções ao planejamento municipal.

Cerrado

Além da Lei e do Decreto, Adriano Magalhães adianta que será criado na próxima semana grupo de trabalho que envolverá representantes do governo e sociedade para a definição de procedimentos e critérios para proteção do cerrado. “Esse importante bioma não possui Lei específica, como no caso da mata atlântica”. O Grupo irá estudar o bioma para identificar e definir, entre outras questões, os estágios sucessionais de vegetação que fazem parte do cerrado. “A partir daí poderemos definir com mais precisão estratégias para a recuperação, conservação e uso sustentável do Bioma”, pontuou.

Cadastro Ambiental Rural


“A partir da publicação da Lei mineira iniciamos os trabalho relativos ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). O cadastro prevê o registro das informações ambientais das propriedades rurais com vista a sua adequação. Em Minas 550 mil propriedades deverão se registrar, sendo cerca de 450 mil de pequenos produtores, para os quais o estado irá prestar auxílio na realização do cadastro. Nosso sistema está pronto. Após a publicação do ato da Ministra de Meio Ambiente os registros serão iniciados em Minas.

Até amig@s!

Fonte: Diogo Melo Franco
Ascom Sisema

Pelo menos 300 elefantes morrem envenenados no Zimbábue

Caçadores colocaram cianureto nos poços de água de parque nacional.
Responsáveis fazem parte de rede de tráfico de marfim.
Foto de 29 de setembro mostra carcaça de elefante, morto por envenenamento no Parque Nacional Hwange. (Foto: AP Photo)Pelo menos 300 elefantes morreram nos últimos três meses envenenados com cianureto por caçadores ilegais no Parque Nacional de Hwange, o maior do Zimbábue, denunciou neste domingo (20) à "Agência EFE" um grupo ecologista local.
O número supera amplamente o balanço de uma centena de elefantes que teriam morrido envenenados nesse período, de acordo com o governo. 'Um piloto, um caçador profissional e uma terceira pessoa sobrevoaram a área. Foram eles que informaram o governo do problema. E contabilizaram 300 corpos de elefantes', disse Johnny Rodrigues, presidente do grupoConservation Task Force.Os caçadores colocam sal misturado com cianureto nos poços de água usados pelos mamíferos neste parque natural. Este método causou também a morte de animais de outras espécies em perigo de extinção como leões, abutres e cachorros selvagens africanos.Segundo as autoridades, o massacre de elefantes e outras espécies com cianureto é a pior catástrofe ecológica que sofre Zimbábue.Pelo menos dez pessoas que vivem nos povoados nos arredores do Parque Nacional de Hwange foram detidas por participar dos envenenamentos e quatro deles foram condenados a 15 anos de prisão. Eles atuam a serviço de redes de tráfico de marfim que fornecem presas de elefante aos mercados da África do Sul e da Ásia.Rodrigues acusa o governo do Zimbábue de tentar evitar que grupos conservacionistas se impliquem na luta contra a caça ilegal. 'É bastante aterrorizador, porque de alguma forma encobrem o que está passando', criticou Rodrigues.

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segunda-feira, 27 de maio de 2013

ONGs irão acompanhar cumprimento do Código Florestal

São Paulo - Organizações da sociedade civil lançaram hoje (24), na capital paulista, a campanha "Cumpra-se", que tem como objetivo monitorar a implementação do Código Florestal. Umas das estratégias do movimento, encabeçado pela Fundação SOS Mata Atlântica, é formar grupos de trabalho (GT) nas frentes parlamentares ambientalistas das assembleias legislativas para fazer o acompanhamento. Inicialmente, estão sendo formados GTs nos 17 estados que têm reserva de Mata Atlântica. Hoje, São Paulo criou o seu grupo.
"A gente quer retomar o debate [do Código Florestal] com os pontos que precisam ser efetivamente aplicados, como a questão do Cadastro Ambiental Rural [CAR]. A lei que está aí não é nossa [dos ambientalistas], mas com todos os retrocessos, se não tivermos a legislação aplicada, o retrocesso pode ser ainda maior", explicou Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica.
A campanha nacional e o GT de acompanhamento da implementação do Código Florestal de São Paulo foram lançados hoje durante a abertura do Encontro Nacional pela Mata Atlântica, conhecido como Viva a Mata. O evento segue até domingo, no Parque Ibirapuera, com debates, atividades interativas e exposições. Ocorre às vésperas do dia 27 de maio, quando é comemorado o Dia Nacional de Mata Atlântica.
De acordo com Mantovani, nove estados, além de São Paulo, criaram seus grupos de acompanhamento: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Paraná; Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Santa Catarina. "A ideia é que isso se amplie. Participam do grupo, deputados, órgãos ambientais estaduais, representantes do Ministério Público, organizações da sociedade civil e de universidades. Todos para avaliar o que se pode fazer. Evitar, por exemplo, a anistia aos desmatadores", apontou.
O presidente da Frente Parlamentar Ambientalista de São Paulo, Beto Trícoli, acredita que o trabalho pode sensibilizar os demais deputados para o tema ambiental. "Um problema que as casas legislativas enfrentam é que, quando os projetos chegam, há pouco tempo para o debate com a sociedade civil, que favoreça a participação qualificada dos próprios deputados", apontou. Ele acredita que os temas ambientais devem ser trabalhados de forma mais perene. "Podemos nos antecipar e fazer o debate no tempo certo", propôs.
Outra estratégia de acompanhamento do código é o observatório, lançado na última terça-feira (21), que reunirá especialistas de organizações não governamentais (ONGs) para analisar a execução da lei. Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia (Ipam), WWF-Brasil, SOS Mata Atlântica, Instituto Centro de Vida (ICV) e Instituto Socioambiental (ISA) são algumas das organizações envolvidas.
Para Paulo Guilherme Cabral, secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, a campanha não é vista como uma crítica ao governo até porque estão sendo cumpridos os prazos previstos na lei. "A questão do Cadastro Ambiental Rural está sendo assumida pelo ministério de forma prioritária e, por isso, digo que nós estamos tratando de fato do cumprimento do código", garantiu.
Ele informou que apenas o estado de Mato Grosso ainda não assinou o acordo de cooperação para implantação do CAR, mas que isso deve ser feito nas próximas semanas. "Na verdade, o acordo está estabelecido, o que está faltando, nesse caso, é uma cerimônia protocolar", esclareceu. A parceria permite que os estados recebam do ministério imagens de satélite que vão confrontar as informações declaradas pelos proprietários rurais no cadastro online com a condição geográfica fotografada.
A meta do ministério é que a implantação do cadastro seja finalizada em 2014. De acordo com o órgão, são pelo menos 5 milhões de propriedades rurais no país. O CAR é um dos instrumentos previsto do novo código, que vai orientar a execução do Programa de Regularização Ambiental (PRA).

Até amanhã, amig@s!
Fonte: Agência Brasil

domingo, 26 de maio de 2013

Filhote de panda brinca com a mãe em centro de reprodução na China

Um filhote de panda-gigante (Ailuropoda melanoleuca) brinca com sua mãe em uma pequena lagoa artificial montada no Centro de Pesquisas para reprodução de pandas em Chengdu, na China.
Foto: China Daily/Reuters
De acordo com ambientalistas, existem pouco mais de 2 mil pandas vivendo livremente na natureza, sendo que a maioria vive em apenas seis regiões montanhosas da China, que permanecem isoladas.
Eles foram classificados como ameaçados e foram inseridos na lista vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). Os principais motivos de redução de pandas são o aumento da população humana e expansão da infraestrutura.
Até amanhã, amig@s!
Fonte: g1.globo.com

sábado, 4 de maio de 2013

Declaran extinto al rinoceronte negro de África


La Unión Internacional para la Conservación de la Naturaleza anunció la extinción del rinoceronte negro de África Occidental; mientras que en Mozambique han desaparecido todas las especies de este animal.
La Unión Internacional para la Conservación de la Naturaleza (IUCN, por sus siglas en inglés) declaró oficialmente extinto al rinoceronte negro de África Occidental; además, expertos en la materia señalaron que en Mozambique han desaparecido todas las especies de rinocerontes debido a la caza furtiva.
La Lista Roja de Especies Amenazadas publicada por la IUCN confirmó la extinción de esta clase de rinoceronte en todo el mundo; además, advirtió que el 25 por ciento de los mamíferos están en peligro de desaparecer pese a los programas de conservación y protección del medio ambiente, reportó la agencia de noticias AP.
Mientras tanto, la situación en Mozambique se agravó después de que un guardabosque anunciara la muerte del último ejemplar de rinoceronte en el país del sureste africano; asimismo, inculpó a los cazadores ilegales que comercializan los cuernos de estos animales en Asia.
En entrevista con la Televisión TVM, un guardián forestal reconoció haber recibido 80 dólares para transportar a los tramperos a las áreas protegidas, pero fue capturado por las autoridades en la Gran Reserva Niassa.
La IUCN advirtió sobre la posible extinción del rinoceronte de Java debido a la falta de apoyo e iniciativas políticas para la conservación de su hábitat y la incursión de los grupos delictivos apoyados por guardabosques de la región, quienes ganan entre 64 y 94 dólares mensuales.
“Sabemos con plena certeza que la conservación funciona si se ejecuta de manera oportuna; pero, sin una decidida voluntad política aunada a esfuerzos y recursos específicos, las maravillas de la naturaleza y los servicios que ofrece podrían perderse para siempre", declaró la directora del Programa Mundial de Especies de laUICN, Jane Smart.
Aunque algunos proyectos no han tenido éxito en la protección de las especies, el programa para el rescate del rinoceronte blanco ha generado buenos resultados, pasando de una población de menos de cien ejemplares a finales del siglo XIX a poco más de 20 mil en años recientes. 
Até amanhã, amig@s!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Inseticida mostra eficácia contra praga e fícus da Bernardo Monteiro podem ser salvos


Os fícus de Belo Horizonte, infectados pela mosca-branca e ameaçados de serem eliminados, podem ser salvos.
A boa notícia partiu de testes, realizados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), que apontaram que o inseticida orgânico “óleo de nim” obteve eficácia no tratamento das árvores doentes. Nas aplicações realizadas o produto matou 97,5% das moscas.
Inseticida pode salvar fícus ameaçados
Foto: Reprodução/ Priscila Musa
Porém a utilização do inseticida ainda depende de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que ainda não deu parecer sobre pedido da prefeitura para aplicar o inseticida em áreas urbanas. Atualmente a agência só permite o uso do produto na zona rural.
O Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural negou pedido da SMMA para fazer podas e retiradas dos fícus sem a análise do órgão.
A mosca-branca-dos-fícus ameaça cerca de 250 árvores na cidade, localizadas na Bernardo Monteiro, na avenida Barbacena, no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul, e no Parque Municipal Lagoa do Nado, na região Norte.

Fonte: Bhaz
Até amanhã, amig@s!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

PLANTAS MEDICINAIS

A Floresta Amazônica concentra a maior diversidade de espécies de plantas medicinais, comestíveis, oleaginosas e colorantes do planeta. Grande parte ainda não foi estudada em profundidade. Calcula-se que das matas tropicais foram extraídas nada menos que 25% de todas as essências farmacêuticas utilizadas atualmente pela medicina.

Laboratórios do Brasil e do exterior têm buscado nas plantas da Amazônia substâncias para elaboração de medicamentos, visando a industrialização e comercialização em larga escala. Nada menos que 5 mil princípios ativos já foram identificados nestas plantas. 

De acordo com o IBGE, estão identificadas na Amazônia Legal cerca de 650 espécies vegetais com propriedades medicinais. 

O Estado do Pará é o que mais se destaca com 540 espécies; seguido dos Estados do Amazonas (488); Mato Grosso (397); Amapá (380); Rondônia (370); Acre (368), Roraima (367) e Maranhão (261).

A região de Manaus, provavelmente, é o centro de origem de diversas famílias entre elas a Sapotaceae, Meliaceae, Lecythidaceae, Connaraceae e Caryocaraceae.


Foto: Autor desconhecido
Fonte: Save Amazonas

Até amanhã,amig@s!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Rinocerontes dados como extintos em parque moçambicano

Responsáveis pelo Parque Nacional do Limpopo (PNL), em Moçambique, anunciaram a extinção de rinocerontes naquele espaço, devido à caça furtiva, que trafica cornos do animal para os mercados chinês e vietnamita, com a conivência de funcionários do PNL.


Responsáveis do Limpopo acusam funcionários do parque de estarem envolvidos na caça furtiva

Segundo António Abacar, administrador do PNL, desde janeiro que não se avistam rinocerontes, «o que significa que aqueles que viviam no parque foram, provavelmente, mortos».


Segundo um censo realizado em 2011, existiam ainda alguns rinocerontes no PNL, mas a sua extinção levou os caçadores a virarem as suas atenções para os elefantes, que estão a ser abatidos em maior número.

«O grande problema que nos preocupa é que alguns dos nossos funcionários estão envolvidos na caça furtiva», lamentou Abacar, que disse que, atualmente, cerca de 30 empregados do PNL estão sob alçada disciplinar.

O PNL cobre uma área de 1,1 milhões de hectares, no sul do país, e integra o Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo, que inclui os parques sul-africano Kruger e zimbabueano Gonarezhou.

A facilidade com que os caçadores furtivos entram no PNL, podendo, a partir daí, aceder aos outros parques, levou as autoridades sul-africanas a ameaçarem repor a vedação que anteriormente separava os espaços.

Entre 2008 e o início deste mês, a polícia e o exército da África do Sul terão matado 279 moçambicanos envolvidos na caça ilegal, enquanto cerca de 300 outros moçambicanos foram detidos entre 2008 e 2012.

Alguns dos mortos ou detidos eram membros da Guarda Fronteira de Moçambique ou de outros órgãos de segurança.

Fonte:Tvi 24

Até amanhã, amig@s!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Morre a indígena Bose Yacu Pacahuara-e leva consigo a fala e as tradições e poema de Clevane Pessoa


Em uma voz firme e profunda, Bose Yacu entoa os cânticos que ela aprendeu com seu pai na região boliviana da floresta Amazônica, há 50 anos.
"Meu pai, Papa Yacu, cantava esse quando ele via trilhas de porco e saía para caçar... já esse outro, quando colhia amêndoas... e esse outro era para mostrar que vínhamos em paz, quando visitávamos alguém", explica Bose, ao fim de cada canção.

Sentada do lado de fora de sua casa feita de madeira, Bose - uma mulher magra com longos cabelos negros presos em um rabo de cavalo - era a mais velha dos pacahuaras e a única que ainda mantinha algumas das tradições da sua tribo, como usar uma franja e um pequeno pedaço de pau em seu nariz, com uma pena vermelha de cada lado.

Quando eu a visitei em seu vilarejo, em setembro, senti que suas histórias e cânticos escreveriam o último capítulo da história de sua tribo.

Bose morreu recentemente, deixando cinco irmãs: as últimas pacahuaras do mundo.

A notícia de sua morte não foi manchete em nenhum jornal, mas foi uma imensa perda, já que as pacahuaras não têm para quem transmitir seus conhecimentos.

'Poucos sobreviventes'

Dois séculos atrás, os pacahuaras eram um dos principais grupos indígenas na Amazônia peruana.

No final do século 18, os pacahuaras "ocupavam um vasto território", mas "dois séculos depois, dá para contar na mão o número de pacahuaras que restaram", de acordo com o antropólogo francês Philippe Erikson, no prefácio de seu livro The Pacahuaras: The Impossible Reduction (em tradução livre - Os Pacahuaras: a redução impossível).

Os cinco sobreviventes dos pacahuaras vivem nas cercanias de Alto Ivon, um remoto vilarejo no nordeste da Bolívia, para onde eles foram relocados em 1969.

Missionários americanos ajudaram a transferi-los, para escapar de problemas que atingiam a tribo.

Era um período em que havia uma febre de produção de borracha em todo o mundo - e isso estava causando graves problemas para as tribos indígenas na Amazônia, alvo da exploração do produto.

Os pacahuaras dizem ter sofrido terrivelmente nas mãos de seringueiros brasileiros. De toda a comunidade, acredita-se que apenas a família de Bose sobreviveu:

"Lutamos muito. Meu pai foi atingido na cabeça e jogado no rio, mas ele conseguiu sobreviver e voltou para casa", conta ela.

Como restante da tribo, Bose não sabe sua idade exata, mas lembra que chegou quando era adolescente em Alto Ivon.

Era a terra dos chacobos, uma tribo com raízes e língua similares. Hoje, cerca de 500 pessoas falam chacobo, que está na categoria "definitivamente em perigo", segundo a Unesco.

Já a língua pacahuara foi classificada como "em perigo crítico", apenas um estágio antes de "extinto".

Trilha com machetes

Ambas as tribos falam línguas da família linguística Panoan. Os missionários do Instituto Summer de Linguística ajudou os pacahuaras a se mudarem a 200 quilômetros ao sul da Amazônia, para que eles pudessem ser assimilados pelos chacobos.

De acordo com o antropólogo boliviano Wigberto Rivero, "era a única opção para salvá-los, já que, por causa do número reduzido de membros, o crescimento biológico da tribo era impossível".

Os chacobos aceitaram a proposta dos missionários e alguns inclusive ajudaram na transição.

"Nós sabíamos que eles estavam enfrentando muitos problemas. Fizemos trilhas na floresta e espalhamos machetes e machados", conta Alberto Ortiz Alvarez, líder chacobo, que é o presidente o Conselho Indígena da Amazônia boliviana.

Ortiz lembra que quando viram que os objetos haviam sumido, sabia que a tribo estava perto e que em pouco tempo os encontraria.

Uma vez que os pacahuaras chegaram, foram recebidos com uma festa, em que receberam bananas e mandioca. O grupo era liderado pelo pai de Bose, que tinha duas esposas e seis filhos.

'Nossa cultura ainda está viva'

Mais de 40 anos após a migração, com o patriarca e suas esposas mortos, restaram seus seis filhos - sendo que quatro deles se casaram com membros da tribo vizinha e adotaram sua língua e seus costumes.

Maro é o mais novo dos pacahuaras. Ele chegou em Alto Ivon quando ainda era um bebê.

Ele já não fala mais sua língua nativa e diz que seus filhos não vão aprendê-la.

"Falar chacobo é mais direto. Eles não conseguem falar como Bose falava", diz Maro, que é casado com uma mulher chacobo.

De acordo com Rivero, "é um processo de assimilação irreversível" que começou com a língua e, em muitos casos, como o de Maro, se tornou uma assimilação social e cultural.

Cachorro de rua

Bose era a mais velha e a única que se casou com um membro da tribo: Buca, que era cerca de 10 anos mais novo que ela.

"Quando eu era nova, não tinha um marido. Nessa época, meu pai se casou também com a irmã da minha mãe. E meu marido era filho da sua segunda mulher. Então, na verdade, meu marido e eu éramos meio-irmãos", disse Bose.

O casal não quis falar sobre o porquê de não terem filhos. E mesmo sabendo que isso significaria o fim da sua língua, não era algo que parecia preocupá-los.

"Não estou triste. Nossa cultura ainda está viva. Quando a gente morrer, ela vai morrer também", disse Buca, quando o visitei em setembro.

Mas após a morte de sua esposa, ele está vagando na floresta, "sozinho, como um cachorro de rua", contou Pae Dávalos, um chacobo.

A morte de Bose deixou Buca transtornado. E deve também deve ter entristecido o professor de chacobo Here Ortiz Soria, que estava tentando arrecadar fundos para registrar a história e a língua dos pacahuaras.

Soria, cuja filha é casada com a segunda geração pacahuara, queria entrevistar Bose e reunir palavras na língua da tribo para ensinar as gerações mais novas.

Mas a anciã pacahuara morreu antes disso, levando consigo os últimos capítulos da língua e da história da tribo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Até amanhã, amig@s!

Fonte: Estadão.com.br/ Internacional

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Peixes ficarão menores e mais escassos nos oceanos, diz estudo


Pesca industrial e mudança climática podem impactar espécies em 50 anos.
Testes com modelo de computador foram feitos com peixes do Pacífico.
Sobrepesca e mudança climática afeta tamanho de
peixes e ameaça espécies (Foto: Reprodução/TV Gazeta

A pesca industrial e as mudanças climáticas podem impSobrepesca e mudança climática afeta no tamanho dos peixes e torná-lo mais vulneráveis a predadores, de acordo com estudo realizado por cientistas australianos e finlandeses, publicado no periódico "Biology Letters", da Academia de Ciências Britânica. Com isso, aumenta o risco de extinção de espécies cruciais para alimentação dos humanos.
Estudiosos já tinham observado como a pesca industrial, ao capturar os espécimes maiores, e o aquecimento global, ao reduzir o teor de oxigênio dissolvido nos oceanos, reduzem o tamanho médio dos peixes. Mas as consequências mundiais e de longo prazo deste fenômeno eram desconhecidas.
Um modelo feito em computador deste encolhimento progressivo nos próximos 50 anos tenta compreender o impacto sobre a população de cinco espécies de peixes do Oceano Pacífico. Eles chegaram à conclusão de que, mesmo com um tamanho reduzido em apenas 4%, em média, a taxa de mortalidade vinculada aos predadores poderia aumentar em até 50% e o volume de pesca diminuiria proporcionalmente.
"Mesmo uma ligeira diminuição no tamanho de uma espécie de peixe pode ter efeitos importantes em sua mortalidade natural", acrescentaram os cientistas. Seus cálculos consideraram cinco espécies comumente pescadas por barcos de arrasto australianos, entre elas o hoki, o congro-rosa e uma variedade de peixe-crocodilo.
Segundo seus modelos, a massa total de cada espécie diminuiria entre 5% e 35%, com exceção do hoki. Se o tamanho médio deste peixe encolher muito, o número de hokis aumentaria 10% enquanto eles se aproximariam das zonas costeiras para escapar de seus predadores.
Para os cientistas, não há dúvidas de que o ser humano está em curso de mudar os ecossistemas marinhos de todo o planeta, diretamente através da pesca ou indiretamente devido ao aquecimento do clima. "As práticas que ignoram as mudanças atuais correm o risco de sobrestimar os recursos em longo prazo e conduzir à sua superexploração", insistiram os autores do estudo.

Até amanhã,amig@s!

Fonte: g1.globo.com/natureza. 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Imagem mostra filhote de elefante 'velando' corpo da mãe na Malásia


Registro ocorreu na Ilha de Bornéu na última semana.
Serviço ambiental do país registrou dez óbitos suspeitos de envenenamento.
Filhote de elefante-pigmeu-de-Bornéu fica perto do corpo de sua mãe, encontrada morta por agentes ambientais da Malásia na última semana (Foto: Divulgação/Sabah Wildlife Department/Reuters)

Uma imagem emocionante feita no último dia 23, mas divulgada nesta terça-feira (29) pela agência de notícias “Reuters” mostra um filhote de elefante-pigmeu-de-Borneu (Elephas maximus borneensis) próximo ao corpo de sua mãe, encontrada morta por funcionários do serviço ambiental da Malásia.
Segundo a imprensa local, foram registradas nos últimos dias ao menos dez mortes de exemplares desta espécie de elefante na Ilha de Bornéu. Há suspeita de que eles tenham sido envenenados. O primeiro óbito ocorreu em 29 de dezembro, enquanto que a última morte foi em 24 de janeiro.

O elefante-pigmeu-de-Bornéu, uma subespécie do elefante-asiático, é considerado ameaçado de extinção, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
Desde o fim de dezembro foram registradas dez mortes na Malásia de elefantes desta espécie. Há suspeita de envenenamento (Foto: Divulgação/Sabah Wildlife Department/Reuters).

Até amanhã amig@s!

Fonte:g1.globo.com/natureza.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Cresce em BH o número de árvores com a base do tronco cimentada

Prefeitura promete combater a prática que põe em risco parte dos 300 mil espécimes catalogados na cidade.
No Bairro Barro Preto, Região Centro-Sul, próximo da esquina das ruas Aimorés e Ouro Preto, tronco de uma árvore abriga um bota-fora.

Contradição na paisagem urbana de Belo Horizonte. Enquanto o Executivo municipal torna oficial o exame periódico das árvores para combater a ação de pragas e insetos, há intervenções em ruas e avenidas que parecem decretar o lento extermínio do verde. Em bairros da Região Centro-Sul, o cimento toma conta da base das plantas, numa situação considerada “criminosa” por especialistas e “absurda” por moradores ouvidos. Na Rua dos Inconfidentes, no Funcionários, árvores frondosas são vítimas dessa prática, o que levou, na tarde de ontem, o zelador de um prédio a usar uma enxada, marreta e talhadeira para arrancar o concreto e deixar a água da chuva penetrar no solo. “É triste ver uma situação dessas na cidade”, disse Edilson Dias, de 46 anos, que trabalha num edifício há 14 anos.
Edilson Dias, zelador de um prédio na Rua dos Inconfidentes, Bairro Funcionários, alivia raízes da árvore

nove administrações regionais, de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente. O número poderá crescer ainda mais, devendo chegar a 350 mil com a realização do Sistema de Inventário das Árvores de BH, parceria da prefeitura com a Cemig e execução da Universidade Federal de Lavras (Ufla), iniciado em outubro de 2011, previsto para terminar este ano. “Todas essas questões, como intervenções inadequadas, estão sendo acompanhadas”, disse o gerente da área de Projetos Especiais, arquiteto Júlio de Marco. Segundo ele, as ações para o combate de pragas e insetos são feitas há anos pela PBH.

A publicação na edição de ontem do Diário Oficial do Município (DOM) da Lei 10.610, que trata do combate às pragas e insetos, não estava inserida no Código de Posturas da capital, reeditado há três anos. De acordo com a Secretaria Municipal de Regulação Urbana, essa prática não estava expressa no texto. Dessa forma, houve um acréscimo – artigo 29-B – ao capítulo II do título II da Lei 8.616/03, de 14 de julho de 2003. Por ela, “no caso de árvores que estejam em risco de queda devido à ação de pragas e insetos, o Executivo obriga-se a proceder ao seu isolamento, para evitar danos materiais e a resguardar a segurança dos munícipes”. As determinações são originárias do Projeto de Lei 1.631/11, do então vereador Alberto Rodrigues (PV) 
Com olhos, determinação e atitude de defensor da natureza, o zelador Edilson Dias retirou os pedaços de cimento em volta do tronco da árvore em frente ao prédio no qual trabalha, deixando as raízes expostas. “Vou manter este lugar como sempre esteve, com terra e um pouco de grama”, afirmou. Segundo Edilson, há mais de um mês uma equipe, que ele acredita ser da prefeitura, esteve no local e explicou que o espaço em torno da árvore teria que ser coberto, a fim de evitar água empoçada e proliferação do mosquito da dengue. Pouco tempo depois, no entanto, uma nova equipe passou pela rua e avisou que o cimento teria que ser retirado, por estar prejudicando o meio ambiente. “Ficamos sem entender nada, pois não fomos nós, do prédio, que cobrimos as raízes com o material. Desse jeito, o melhor é tirar isso logo”, disse o zelador. A foto da árvore sufocada foi publicada na edição de ontem do EM, e causou revolta nas redes sociais. 

Na Rua Inconfidentes, a advogada Izabela Guimarães apoiou a decisão do zelador, e Cláudia Ruela, moradora de um prédio, considerou “absurdo” cimentar as raízes. A Regional Centro-Sul informou que a prefeitura não foi responsável por esse serviço e que a ordem é manter “o quadrado ecológico” no entorno da base do tronco. A questão será avaliada por técnicos da Gerência de Fiscalização Integrada, que visitarão o local para tomar as medidas cabíveis. 

Em outras regiões da cidade impera também o desrespeito. Na esquina das ruas Ouro Preto e Aimorés, no Bairro Barro Preto, na Centro-Sul, há uma árvore na mesma situação. Além disso, a base do tronco dela é usada como banheiro. “É horrível passar aqui e ver sujeira e o cimento cobrindo as raízes”, disse a auxiliar jurídica de uma construtora Renata Alves. Perto dali, uma árvores convive com entulho e lixo.

Cimentar a base de uma árvore é uma atitude criminosa, segundo o professor de Departamento de Botânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) João Renato Stehmann. “É preciso deixar uma área permeável ao redor do tronco, para não impedir que a água da chuva entre no solo. O recomendável é deixar um pequeno quadrado, seguindo as técnicas de plantio. Não agir assim é deplorável”, afirmou o professor.

Até amanhã, amig@s!

Fonte:Estado de Minas